Um texto apropriado para terminar 2015: Ateus e religiosos idólatras!

Dizem que os deuses (sendo os mais famosos os da Grécia antiga) desapareceram depois que o pensamento mítico foi substituído pelo pensamento filosófico. Criações da mente pagã, eles nunca existiram de fato, mas existiram como expressão e imagem de uma grande parcela da humanidade paganizada. Distorções da Transcendência, os deuses da mente idólatra retornaram com seus atributos cruéis, apresentando-se ao homem do presente numa forma ainda mais assustadora. Seria o caso de eles terem sido metamorfoseados ou ressignificados? Será que os deuses continuam recebendo o culto da maioria desta geração, dita pós-cristã, que teima em trazê-los de volta na forma de pensamentos, ideias, filosofias e religiões? Parece-me que o panteão olímpico está bem representado na contemporaneidade. Nesse sentido:


Zeus e Hera, sempre briguentos, são vistos na tragédia em que se tornou o matrimônio e a família – um círculo de traições, ciúmes e discórdia. Zeus era considerado o “pai dos deuses”; Hera, a grande matriarca. Os poderes patriarcal e matriarcal, na relação doméstica, ultimamente estão causando estragos no mundo.

O submundo ou as regiões inferiores do Tártaro constituíam o reino de Hades, este nefasto ser ao qual os gregos antigos prestavam estranho culto. Tal divindade representa bem as forças infernais e maléficas que estão tomando conta do ser humano entregue ao seu próprio coração escuro e maldoso. Hades incorpora a figura de Satanás.
Poseidon era o deus dos mares e o promovedor de terremotos e catástrofes. Poderíamos colocá-lo como protótipo e símbolo do poder destrutivo do homem sobre a natureza?
Afrodite paira nas mais variadas formas de erotismo e amor deformado: nas ideologias de gênero, na homossexualidade, no adultério, na sensualidade transgressiva das normas de pudor e pureza e no romantismo piegas de mentes nefelibatas.
Ares, acompanhado de Fobos (o medo) e Deimos (o terror), é cultuado nas guerras e rumores de guerras entre as nações, especialmente nas barbáries promovidas por grupos violentos que sentem prazer na força bruta e no derramamento de sangue. Por extensão, este deus é protótipo do medo e da violência que acometem a sociedade. Ares também é a imagem do macho ao avesso – aquele que transmudou a nobre virilidade numa aberração do masculino.
  
A imagem de Apolo e das Musas está impressa nas artes em geral (música, pintura, literatura, etc.), que mais expressam sentimentos de vazio do que de plenitude – o homem ensimesmado num subjetivismo escuro e profundo.
  
Vemos Hefestos, o deus artesão, no culto à tecnologia como solução ilusória dos nossos problemas.
  
Ártemis, a virgem caçadora dos isolados bosques, traduz uma crueldade e selvageria própria dos nossos tempos de competição e individualismo. Mais: a deusa simboliza a ruptura com o masculino, o qual procura matá-lo com setas fatais numa atitude de insubmissa independência. Se Ares representa a masculinidade brutal, Ártemis constitui a feminilidade competitiva e agressiva: a ideologia do feminismo que amputa parte da imagem divina na humanidade.
Quase desconhecida e apagada no Olimpo encontra-se Héstia. Também uma deusa virginal e pudica, ela é o oposto de todas as demais deusas. Sem mito próprio e escondida pelos cantos, Héstia nos remete a uma exacerbada passividade quando se requer ação e luta. Sendo uma deusa “virtuosa”, a virtude de Héstia não causa nenhum impacto ou influência, mas apenas adorno no Olimpo. Héstia talvez possa ser caracterizada como o moralismo inútil substitutivo da verdadeira moralidade derivada da fé.
Deméter, a deusa da abundância e da terra cultivada, traz sua marca na adoração à natureza e às leis naturais em si mesmas. Igualmente, a deusa é símbolo da força do homem sobre a Terra. Este procura o domínio de todos os espaços, assenhoreando-se deles como se deles fosse o legítimo dono. Deméter incorpora as ideologias do ambientalismo feito religião.     
  
A comunicação do nosso mundo virou uma verdadeira Babel. Assim, Hermes, o “mensageiro dos deuses”, é o veículo que espalha a falsa mensagem da religião de forma bastante eloquente. Ele cai bem como o canal babilônico. Deus do comércio e do dinheiro, também sobrevive no materialismo dos sistemas econômicos vigentes e nos interesses escusos das religiões. Hermes simboliza a falsidade em todas as suas formas, principalmente a religiosa. É um arquétipo da mentira e da falácia humanas.

Dionísio talvez seja o deus de maior evidência, pois o prazer e as alienantes festas do mundo viraram um objetivo final para muita gente adepta do pensamento dionisíaco, que glorifica os instintos mais baixos. A essência dionisíaca é o hedonismo.
Por fim, Atena reaparece na soberba intelectual contemporânea, na tal “sociedade do conhecimento”, e na sabedoria mundana tão altamente exaltada, além de representar a “guerra em busca da paz” tão comum em nosso processo civilizatório.
E por aí vai… Os “deuses” não são realidades concretas, apesar de terem povoado a imaginação humana por séculos; contudo, a abstração que deles se faz ressurge sempre atualizada pelo “deus deste século” – o ser que espalha seu nevoeiro em torno da verdade, a qual ele procura transformar em mito.

O mundo permanece idólatra. Mas o antigo mandamento proferido pelo Deus vivo e digno de adoração permanece vigente: “Não terás outros deuses diante de Mim” (Êxodo 20:3).

Compartilhe via WhatsApp (ou outros meios):



//static.addtoany.com/menu/page.js

Feliz VIDA nova em 2015 pra você!

Ótimo 2015 para vocês!!
Não vou lhes desejar prosperidade, não vou motivar vocês a correrem atrás dos seus sonhos, nem mesmo saúde e dispensa fartas neste novo ano. Meu desejo transcende o materialismo bastante característico de nossos dias. Meu desejo é também um conselho, um estilo de vida e uma escolha diária:

“Ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e Ele lhes dará todas essas coisas.” (Bíblia: Mateus 6.33)

Ah, não estou me referindo a escrever “confio em Deus” nas provas, ou ‘rezar o terço’, ou ir à igreja, ou fazer o sinal da cruz. Também não é minha intenção lhe lembrar de agradecer a Deus por mais uma virada de ano, ou olhar para o céu e piscar o olho.
Minha vontade é que você se lembre de onde veio, de onde a vida veio, de onde o universo veio e, diante disso, tenha muito mais do que uma crença supersticiosa, egoísta e esporádica em Deus! Ora, uma vez que Ele existe e nos criou, o mínimo do mínimo que podemos fazer é nos preocuparmos com o que Ele deseja da gente, procurarmos conhecer Sua mente, Sua maneira de pensar, Suas regras e Sua agenda!! Converse com Ele, invista tempo fazendo isso e veja as mudanças em seu caráter e em sua visão da realidade acontecendo proporcionalmente ao seu interesse e esforço por conhecer seu Pai e Mantenedor, dando a Ele o lugar que Lhe é devido – o primeiro, sempre! Daí, certamente, você compreenderá porque Ele também é seu Salvador e a única esperança de um ano melhor e uma vida melhor para a humanidade!
Um abraço e uma VIDA nova para todos!

Cultos nas igrejas, ensinamento bíblico e a presente geração!

Já é frequente nos meios adventistas o conceito de que a música se presta ao papel de conectar o adorador com Deus. Cantar leva a sentir Deus de forma mais íntima. Como reflexo disso, não apenas se canta mais, criando um longo espaço dedicado ao canto congregacional (em algumas congregações, o tempo dedicado ao canto é maior do que qualquer outro momento do culto), como também fica implícita (ou explícita mesmo?) a ideia de que cantar seja a parte principal do culto. Os que pensam assim reforçam o poder da música, com sua capacidade de nos atingir de forma mais completa do que um sermão.
Sutilmente, o tipo de músicas cantadas vem mudando. Saem de cena os hinos tradicionais (muitos herança da reforma protestante do século XVI ou de hinários consagrados dos séculos XVIII e XIX) para composições contemporâneas. Worships oriundos de igrejas como Vineyard ou do Hillsong são traduzidos ou emulados em produções adventistas recentes. Tais cânticos são simples, poéticos, com uma letra que se repete com variações de acompanhamentos musicais e volume de voz, tudo para aumentar o grau de emoção envolvido no ato de adoração.
A mudança de paradigmas musicais traz novas posturas litúrgicas. A liturgia tradicional é despojada de seu aparato rígido, tornando-se mais informal e dando destaque à figura do ministro da música, substituto do antigo regente congregacional. O adorador se envolve mais, participando com a voz e as mãos, uma vez que é convidado (convocado?) a erguer as mãos, fazer gestos, coreografias ou congêneres. O corpo agora recebe permissão para louvar, aumentando o tônus de envolvimento e a sensação de bem-estar emocional decorrente.
Tanto em suas letras quanto em sua forma musical, há uma forte sensação de “romance adolescente”, com predominância de expressões de amor, relacionamento, dependência e forte choro. É inegável que a nova forma de cantar em adoração é marcante, fixando suas melodias simples de forma bem eficaz na mente do adorador. De certa forma, as canções contemporâneas não apenas pavimentaram mudanças litúrgicas em geral, como transformaram a pregação. Estamos diante de uma geração que não possui interesse, paciência e preparo para ouvir sermões longos, centrados na Bíblia e que sejam fruto de cuidadosa exegese. Sermões doutrinários, expositivos e com profundidade não “tocam” os novos adoradores.
É preciso mensagens leves, com forte apelo emocional, que versem sobre relacionamentos, usam de raciocínio simples, tenham espaço para muitas histórias interconectadas e minimalistas. O pregador agora é um narrador, falando na intimidade com o auditório, apresentando no máximo sermões temáticos (explorando alguns poucos textos bíblicos sem se aprofundar em seu contexto) ou, na pior das hipóteses, usando um texto central lido em algum momento do discurso, mas ignorado em boa parte dele.
A conexão com a música notabiliza a desconexão com a Palavra, relegada à segundo plano. Por isso o analfabetismo bíblico, fenômeno lamentado pelos grandes [pensadores] cristãos, que vem essa praga correr o meio evangélico, começa a atingir os adventistas. Seria leviano dizer que a música em si esvazia o conteúdo bíblico da mente, em um abracadabra misterioso. Em verdade, a postura de adoração orientada por um perfil carismático chegou a nós por meio do worship. Tal postura é que dispensa a profundidade do estudo da Bíblia como fundamento da adoração, dando espaço a experiências pessoais e legitimando o sentimento como meio de conecção com o sagrado.
No início do processo, isso não parecia tão claro. Atualmente, quase no fim dele, fica inegável o que está acontecendo. Apenas quem não quiser ver o negará. Mas lendo o texto de Ellen G. White, no segundo volume de Mensagens Escolhidas, fica fácil entender que a carismatização do adventismo está às portas:

Mero ruído e gritos não são sinal de santificação, ou da descida do Espírito Santo. Vossas desenfreadas demonstrações só criam desagrado no espírito dos incrédulos. Quanto menos houver de tais demonstrações, tanto melhor para os atores e para o povo em geral. […]
Deus quer que lidemos com [a] sagrada verdade. Unicamente isto convencerá os contraditores. Importa desenvolver trabalho calmo, sensato, para convencer almas de sua condição, mostrar-lhes a edificação do caráter que deve ser levada avante, caso haja de erguer-se uma bela estrutura para o Senhor. Mentes que são despertadas precisam ser pacientemente instruídas caso compreendam corretamente e apreciem devidamente as verdades da Palavra.
Deus chama Seu povo a andar com sobriedade e santa coerência. Eles devem ser muito cuidadosos de não representar mal e nem desonrar as santas doutrinas da verdade mediante estranhas exibições, por confusão e tumulto. […]
As coisas que descrevestes como ocorrendo em Indiana, o Senhor revelou-me que haviam de ocorrer imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do Espírito Santo. […]
E melhor nunca ter o culto do Senhor misturado com música do que usar instrumentos músicos para fazer a obra que, foi-me apresentado em janeiro último, seria introduzida em nossas reuniões campais. A verdade para este tempo não necessita nada dessa espécie em sua obra de converter almas. Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças das instrumentalidades satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado de operação do Espírito Santo. (p. 35-36, grifos supridos)


Quem tiver entendimento, pesquise e se prepare. O tempo é chegado – restam dúvidas?

História do violonista Paulo Torres – use o dom que Deus lhe deu para aliviar a dor!

Há pouco mais de vinte anos, o violinista Paulo Torres foi visitar uma tia que estava internada no antigo hospital Saint Claire, em Curitiba, por complicações de um enfisema pulmonar. Estudioso do instrumento desde pequeno e já um profissional de renome com algumas páginas em seu extenso currículo, trouxe seu violino para entreter e acalmar a paciente. Enquanto solava algumas peças barrocas, percebeu que pacientes dos outros quartos estavam saindo ao corredor, ávidos por ouvir o som angelical que vinha daquele quarto. Como macas e camas não comportavam a numerosa plateia, Torres começou a visitar todos os “hóspedes”, tocando sua música para os pacientes interessados. Até chegar ao quarto de uma jovem que dormia. “Ela abriu os olhos e tentou falar comigo, mas só saíram sons guturais. A mãe dela, que estava no quarto começou a chorar e a gritar, e médicos começaram a entrar no quarto. Fiquei assustado”, lembra. Não era para menos: a paciente estava havia três anos em coma e despertou ao som de seu violino. “Percebi que minha música poderia ser usada como um instrumento divino para levar consolo, paz, alegria, tranquilidade e momentos de reflexão para pessoas enfermas.”

O trabalho voluntário de Paulo Torres o levou a buscar fundamentação em uma área cada vez mais estudada na medicina: o uso da música como terapia e humanização do tratamento médico. “Existem muitos estudos que associam a música sacra e a música barroca a uma melhora física e emocional dos pacientes.”

Com o tempo, o violinista passou a mobilizar outras pessoas para o trabalho de levar a música aos hospitais. “Organizamos concerto de Natal, de dia das mães. Levamos o [coral infantil] Curumim a um Centro de Hemodiálise, a Orquestra de Câmara da PUC também trabalha conosco, sempre levando conforto e musicalidade para as pessoas”, lista. A busca pelo tema também o levou a dar palestras em diversas cidades, tanto para pacientes quanto para a comunidade médica sobre o assunto. O trabalho voluntário, aos poucos, foi se tornando uma das missões de vida do violinista, que não esconde o entusiasmo e a paixão pelo assunto: “Tenho um antigo sonho de que Curitiba se torne uma referência, senão mundial, ao menos nacional no uso da música no tratamento hospitalar”, confessa. Bach, Hendel, Haydn e Mozart estão sempre no repertório de Paulo Torres. Há diversos estudos que comprovam o benefício da música clássica para pacientes em recuperação. Desde então, Torres não parou mais. O castrense de 58 anos e pai de cinco filhos encontra brecha em suas funções como professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, primeiro violinista da Orquestra Sinfônica do Paraná e membro da Academia Paranaense de Letras e, voluntariamente, toca para pacientes em diversos hospitais da cidade. Também toca em orfanatos, asilos e prisões – onde chamarem. “Mais bem-aventurado é dar do que receber”, justifica o trabalho com uma frase do apóstolo Paulo, reflexo de sua religiosidade desenvolvida na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Traz em seu repertório música erudita barroca, clássica e sacra, além de hinos das mais variadas denominações. De pacientes que se recuperaram melhor a pessoas que exalaram seus últimos suspiros ao som do violino, as histórias que acumulou com essas experiências ao lado de pianistas – uma de suas filhas entre eles, Daniella Pereira –, dariam um livro, se as datas e os locais não estivessem tão difusos. Mesmo assim, vale contar a que compartilhou com uma colega de fé. 

Certa ocasião, Torres entrou em um quarto da UTI com sua filha, trazendo um teclado sobre o carrinho de alimentos, para tocar o hino adventista “Não me esqueci de Ti” ao pé da cama de uma paciente. “Ela se levantou, tentou arrancar as máscaras que a envolviam e arregalou os olhos. Me afastei, porque achei que estava fazendo mal a ela”, conta. Duas semanas mais tarde, no mesmo hospital, porém, aquela paciente encontra sua filha no corredor, a abraça e chora copiosamente. “Ela disse que estava sem nenhuma esperança. E que, na manhã do dia em que tocamos para ela, ela havia pedido para que mandasse um sinal de que Ele não havia se esquecido de sua fiel.” A prova estava justamente no hino adventista, coincidentemente um de seus favoritos.

Fonte: Gazeta do Povo via Criacionismo.

Confira a seguir a cobertura desse testemunho em vários veículos de comunicação:

Rede Record – 5’30” em rede nacional (clique aqui)

Rede Massa (SBT) – 14 minutos de reportagem (clique aqui)

TV Educativa, Boletim eParaná 12/11 – encerra o jornal (começa em 00:47) (clique aqui)

TV Educativa, jornal eParaná – encerra a edição (clique aqui)

G1 (clique aqui)

Gazeta Maringá (clique aqui)

Gospel Prime (clique aqui)

Fanpage da Prefeitura de Curitiba (clique aqui)

O Último Império – A Nova Ordem Mundial e a Contrafação do Reino de Deus (parte 2)

Esses três capítulos [Apocalipse 12-14] são considerados como o próprio núcleo do livro profético e tratam da crise final da história do pecado, com a descrição profético-pictórica do conflito de uma falsa trindade (o dragão, a besta e a besta de dois chifres) contra a trindade divina formada pelo Pai, o Filho e o Espírito Santo. Uma vez que as três mensagens angélicas [contidas nesses capítulos do Apocalipse] são o ponto de partida para o clímax do grande conflito, um estudo sobre o conteúdo das mesmas ajuda a visualizar o contexto amplo e as motivações específicas da crise em que o império norte-americano exerce seu papel profético. Apocalipse 14:6-12 relata a visão de três anjos que voam pelo céu, proclamando objetivas e escatológicas mensagens. O primeiro prega o “evangelho eterno”, com o anúncio da chegada da hora (tempo) do juízo de Deus e um apelo para o mundo temer e adorar ao Deus criador (v.6,7), referindo-se ao quarto mandamento que requer a observância do sétimo dia em memória da criação [compare Apocalipse 14:7 com Êxodo 20:8-11 e Gênesis 2:1-3]. O segundo anuncia a queda de Babilônia, fato decorrente da proclamação da primeira mensagem. O terceiro, por sua vez, adverte o mundo acerca do perigo de adorar a imagem da besta e de receber sua marca, o que é resultado da ação e da influência da besta de dois chifres. No clímax do grande conflito, portanto, Deus suscita um movimento profético, representado pelos três anjos, para proclamar a salvação pela graça mediante a fé para a santificação (o “evangelho eterno”) como a única esperança para o mundo que se encontra diante do juízo de Deus. A crise final se precipita com as ações da besta dos dois chifres e evidencia a reação do dragão à restauração da verdade e da lei de Deus decorrente da proclamação final e universal das três mensagens angélicas. O paralelo entre Apocalipse 14:7 e o quarto mandamento afeta diretamente a interpretação do conjunto completo das visões de Apocalipse 12 a 14, no qual a besta de dois chifres é um dos protagonistas. Esse paralelo antecipa o âmago da crise que estará focada em obediência e adoração no contexto do dia do Senhor. No entanto além do paralelo verbal, há também alteração. Em lugar da última entidade criada referida no mandamento, indicada pela expressão “tudo que neles há” (Êx 20:11), a primeira mensagem angélica fala dAquele que fez “as fontes das águas” (Ap 14:7). Por que é utilizada esta expressão e vez da que é usada em Êxodo 20? O pesquisador Henry M. Morris (1983, 266) diz que na primeira mensagem o anjo acrescenta “as fontes das águas” ao costumeiro catálogo das entidades criadas mais provavelmente “por causa da associação dessas fontes com o primeiro juízo por meio do dilúvio, quando ‘todas as fontes do grande abismo se romperam’” (Gn 7:11). Nesse caso, a expressão “fontes das águas” (Ap 14:7) serve para trazer à mente do leitor a memória do juízo divino por meio do dilúvio e, desse modo, enfatizar a verdade de que Deus é um Deus de juízo. Assim, o sentido de juízo e destruição iminente é reforçado pela alteração verificada na mensagem angélica, que substitui a entidade “tudo que neles há”, do quarto mandamento, pelas “fontes das águas”, uma referência ao dilúvio. Esse fato reitera a solenidade do anúncio. Dessa fora, tanto a referência ao mandamento do sábado (Êx 20:11) quanto a alusão ao dilúvio (Gn 7:11), na primeira mensagem angélica, serve para reforçar a ideia de juízo como o conteúdo dessa mensagem. O juízo se processa segundo a lei dada no Sinai, com ênfase no quarto mandamento, e é executado pelo mesmo Deus que uma vez submergiu o mundo nas águas do dilúvio. Essa curiosa construção do apelo divino serve ainda para indicar que as mensagens angélicas são dadas num momento em que os habitantes da Terra ignoram o relato bíblico da criação em seis dias literais e o dilúvio universal e histórico, e se antagonizam com ele, aderindo à crença a teoria da evolução. Nesse sentido, a mensagem é uma advertência para as pessoas deste contexto histórico em que grande descrença tem se levantado em relação à historicidade de Genesis 1 a 11, com uma crescente contestação da criação e do dilúvio como obras divinas. Nesse contexto de descrença em relação à criação e ao dilúvio, Deus suscita um movimento profético com uma mensagem clara e definida que chama as pessoas à adoração ao verdadeiro Deus e à observância de Sua lei e do sábado, como memorial da criação. O papel do povo de Deus, no tempo do fim, portanto, é pregar essa tríplice mensagem escatológica. Esse povo é descrito como aqueles que “guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (14:12) e como o remanescente que guarda “os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Ap 12:17). A pregação dos três anjos, portanto, exalta a Deus, anuncia a hora do juízo e chama as pessoas a obedecer à lei de Deus, a norma do julgamento divino. O apelo do primeiro anjo retoma a observância do sábado e traz à memória o juízo por meio do dilúvio. Essa pregação naturalmente enfurece o dragão.

A igreja sobrevive aos ataques do dragão e da primeira besta (Ap 13:1) por 1260 anos, no “deserto”, ou  a Idade Média. Então, ela retorna à cena. Esse retorno da Igreja (Ap 12:16) deve ser entendido como sendo o início da proclamação das mensagens angélicas, a partir de 1844, quando a verdade começa a ser restaurada na Terra. Em sua fúria contra a igreja, o dragão agrega dois aliados à sua causa. Eles são apresentados pela primeira besta de sete cabeças, que sobe do mar, e pela besta de dois chifres, que emerge da terra (Ap 13).  A primeira besta do Apocalipse é associada ao “chifre” que tinha olhos e boca de homem, do quarto animal de Daniel (7:8). Ela representa o império dos papas. O quarto animal do Apocalipse tem sete cabeças e dez chifres (Ap 13:1). Ambos os símbolos exibem uma “boca” que, no quarto animal de Daniel, falava “com insolência” (Dn 7:8,20) e, na besta, “proferia arrogâncias e blasfêmias” (Ap 13:5). Uma relação bem clara é estabelecida entre esses dois símbolos que: (1) têm dez chifres e (2) uma boca que profere arrogâncias contra Deus, (3) agem por 1260 anos, ou por “um tempo, dois tempos e metade de um tempo” (Dn 7:25) ou ainda “por quarenta e dois meses” (Ap 13:5), e (4) perseguem os santos do Altíssimo (Dn 7:21, Ap 13:7). Após sua forte atuação por 1260 anos, desde 538 d.C. até a Revolução Francesa, e 1798, a besta tem uma de suas cabeças ferida de morte. Essa ferida de morte foi o arrebatamento de sua autoridade civil perseguidora. O sequestro do poder político-militar das mãos do papado abriu um vácuo no mundo religioso, no início do tempo do fim (1798), que resultou no ressurgimento da igreja de Deus e na restauração da verdade bíblica acerca dos mandamentos de Deus e da fé em Jesus, mediante o início da proclamação das três mensagens angélicas. E vista dessa perda de espaço, frete à redescoberta da verdade, com a restauração da lei de Deus e da observância do sábado como selo de Deus, Satanás suscita o novo aliado, a besta de dois chifres. Ela deverá curar a ferida de morte da primeira besta e restaurar sua autoridade em perseguir o povo de Deus, o que configura a reação do dragão à exaltação da lei de Deus. A coalisão entre o dragão e as duas bestas marca os últimos movimentos no grande drama do pecado, o clímax do grande conflito, quando Satanás “sabe que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:12).


 A Besta de Dois Chifres Para fazer frente ao avanço da verdade divina, Satanás se vale do poder da “besta de dois chifres” (Ap 13:11), também chamada de “falso profeta” (Ap 19:20). A besta de dois chifres emerge da “terra”, ao passo que a primeira emergiu do “mar” (Ap 13:1) assim como os quatro animais de Daniel  (7:2). Uma vez que “mar” representa na profecia apocalíptica “povos” e “nações” (Ap 13:1, 17:1,2,8), os impérios babilônico, persa, grego, romano e papal, portanto, iriam se levantar em processos de conflito contra outras  nações e outros impérios estabelecidos. No entanto, o símbolo “terra”, em contraste com o “mar”, representa uma região “não civilizada” ou “não povoada” da perspectiva dos receptores originais da visão, para os quais o mundo estava circunscrito aos domínios do império romano. Diante da forte proclamação das três mensagens angélicas que restauram sobre a Terra o conhecimento da verdade e da lei de Deus e anuncia o juízo, a causa de Satanás empreenderá um último e gigantesco esforço. O profeta de Patmos viu que “três espíritos imundos” saíam da “boca do dragão, da besta e do falso profeta [besta de dois chifres]” (Ap 16:13) e se dirigiam aos “reis” (13:14), pessoas influentes, de todo o mundo. Esses espíritos representam forças religiosas e espirituais que operam sinais e maravilhas a fim de canalizar o apoio e a influência dos “reis da terra” em favor da besta, na investida final do dragão contra Deus e os observadores de Sua lei. A adesão de todo poder político-militar mundial à causa do dragão, resultado da influência da besta de dois chifres e dos “espíritos imundos”, levará o mundo inteiro a adorar a besta e obedecer-lhe, o que configura a cura de sua ferida. Literalmente, as pessoas também adorarão o próprio “dragão” (Ap 13:4).

Fonte: Fonte: DORNELES, Vanderlei. O último império: a nova ordem mundial e a contrafação do Reino de Deus. 1 ed. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2012. 

Resumo dos primeiros capítulos, construído por Hendrickson Rogers. Este resumo está em construção. Aguardem seu desfecho!

Estude a primeira parte deste resumo aqui.

Saímos da era do “futurismo” para o “presentismo”??

O tempo já não avança mais. Só o agora interessa. Com a disseminação da tecnologia digital, nos tornamos escravos do presente. Constantemente interrompidos por smartphones, emails e atualizações em redes sociais, perdemos nossa capacidade de planejar e fazer concessões em nome de um benefício posterior. Desorientados, incapazes de dar sentido histórico ao que acontece à nossa volta, vivemos suspensos na urgência do momento, obrigados a dar conta de tudo ao mesmo tempo.

Os políticos colocam o consenso à frente dos grandes objetivos; e, em vez de acumular capital, o mercado prefere realizar transações satisfatórias apenas para aquele momento. Da mesma forma, a biodiversidade é devastada para manter nosso modo de produção funcionando a pleno vapor. Todos os problemas do planeta são urgentes — crises econômicas, políticas, sociais e ecológicas — e ninguém mais sabe qual deles deve-se resolver primeiro.

Se você reconheceu alguns dos sintomas descritos acima, não se surpreenda. Afinal, não se trata de uma trama distópica de ficção científica, mas de um diagnóstico sobre o mundo contemporâneo. Quem o faz é Douglas Rushkoff, professor de estudos de mídia na The New School University de Manhattan, colunista de cybercultura do “New York Times” e escritor traduzido para mais de 30 línguas. Em seu último livro, o polêmico “Present shock: When everything happens now” (“Choque do presente: quando tudo acontece agora”, em tradução livre), que acaba de ser lançado nos EUA, ele afirma que as mídias digitais aboliram a ideia de amanhã. O tempo deixou de ser um conceito linear para dar lugar a uma espécie de “instante prolongado”. A nova estrutura mudou nossa forma de pensar política, economia, ecologia e relacionamentos afetivos. Diz respeito tanto a maneira como acompanhamos as narrativas televisivas quanto a que escolhemos os governantes e nos relacionamos com o meio ambiente.

O título do livro é uma referência a “Future shock”, obra emblemática do sociólogo e futurólogo Alvin Toffler. Publicada em 1970, com mais de 6 milhões de exemplares vendidos até hoje, defendia a ideia de que o ritmo acelerado da mudança tecnológica e social sobrecarregava as pessoas. A sociedade se transformava depressa demais, e poucos conseguiam acompanhá-la. Para Rushkoff, contudo, esse período encerrou seu ciclo. Desde a virada do século XXI — e principalmente depois dos eventos de 11 de setembro — saímos da era do “futurismo” para o que ele chama de “presentismo”. O futuro já chegou, e o mal-estar agora não vem mais da necessidade de construir o mundo, mas de sustentá-lo.

— O presentismo é a principal característica dessa era digital — avalia Rushkoff, de Nova York, em entrevista por telefone ao GLOBO. — A sensação não é mais a de que estamos flutuando através do tempo, e sim congelados em um instante. Não é algo ruim em si, mas muitas pessoas não conseguem lidar com isso. Ficam desorientadas, entrando nesse estado que chamo de “choque de presente”. São incapazes de se envolver apenas com o momento. Pior: estão sobrecarregadas por ele. Precisam fazer o máximo num mínimo de tempo. É só ver quem trabalha no mercado de ações. Muitos acabam comprando derivativos em vez de investir em algo que poderá render mais dinheiro no futuro.


Caos mental

As observações não significam que Rushkoff seja um inimigo das novas tecnologias, longe disso. Ele apenas acredita que existe uma má aplicação delas. A beleza do digital, segundo o autor, era nos permitir poupar tempo e escolher uma atividade de cada vez, de acordo com a nossa disponibilidade. Seu uso atual, contudo, provocou o resultado contrário: uma necessidade de fazer tudo e estar em todos os lugares, sem estabelecer prioridades. Distraídos por interrupções constantes, não sabemos mais no que devemos nos concentrar. Começa na nossa rotina de trabalho individual e continua nas decisões coletivas dos escritórios, das instituições e dos partidos políticos.

— Perdemos o direito de esperar — lamenta Rushkoff. — Computadores executam processamento paralelo (processamento da informação com ênfase na exploração de eventos simultâneos na execução de um software), mas não os seres humanos. Conseguimos ficar com mais de uma janela do navegador aberta, mas não podemos estar em duas janelas mesmo tempo. O problema é que as pessoas do outro lado do computador não respeitam isso. Mandam email esperando que você o responda no mesmo minuto em que o recebe, mesmo que não esteja em frente ao computador. O digital não funciona como o analógico. Quando toca o telefone, por exemplo, é preciso atravessar o seu apartamento para atender. Mas o email continua lá, até que você o abra. E a pessoa que o mandou não consegue esperar. Assim, fica a sensação de que temos que estar disponíveis 24 horas por dia. Só que isso não é possível. As empresas não podem querer que fiquemos conectados o tempo todo.

Rushkoff cria novos termos para definir os principais efeitos deste choque de presente. “Overwinding” é a tentativa de condensar prazos enormes em outros muito menores — como experimentar a mesma catarse emocional de uma elaborada peça de cinco atos em um flash aleatório de um reality show, ou a expectativa de ganhar o equivalente a um ano de lucro em uma única Black Friday. Sem falar das donas de casa que esperam parecer 20 anos mais jovens com uma aplicação de botox, mas acabam limitando o rosto a uma única expressão facial.

Já “digifrenia” é o caos mental provocado pela necessidade de “estar” em mais de um lugar ao mesmo tempo. Ele cita o exemplo dos pilotos de drones. Controlando aviões a distância por meios eletrônicos, bombardeiam países longínquos sem sair da sua cidade. Vivendo simultaneamente em dois mundos (o conforto de casa e o campo de batalha), acabam sofrendo ainda mais estresse do que os pilotos de combate que arriscam suas vidas na esfera real. O mesmo pode acontecer com um cidadão comum que já não consegue distinguir sua identidade real daquela que criou para as redes sociais. Enquanto estamos desconectados, nossos avatares continuam existindo e atuando fora do nosso controle — quando as redes sociais os usam para propagandear produtos, ou quando somos marcados em alguma foto no Facebook.
Rushkoff, porém, não pretende fazer alarmismo. Ele admite que, embora não se possa escapar do presentismo, nem todos são infelizes com o fenômeno.

— Certas pessoas têm uma capacidade genuína de viver no presente, e isso é bom. Envolvem-se com o instante, de forma mais desvinculada. É o caso do movimento Occupy, nos EUA, e em certa medida os protestos aí no Brasil. Os brasileiros cansaram de se sacrificar para o futuro. Perceberam que o país está ficando mais rico e querem sua parte dessa riqueza. Mas querem que seja agora.


Fonte: http://oglobo.globo.com/amanha/tudo-ao-mesmo-tempo-agora-um-fenomeno-da-era-digital-8969361#ixzz2YhtXbYHL

________________________________________________________________________________


“A permanente paz, o verdadeiro descanso do espírito, não têm senão uma Fonte. Foi desta que Cristo falou quando disse: ‘Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.’ (Mateus 11:28). ‘Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.’ (João 14:27). Essa paz não é qualquer coisa que Ele dê à parte de Si mesmo. Ela está em Cristo, e só a podemos receber recebendo a Cristo.” (Ellen G. White. A Ciência do Bom Viver, p. 247)


Fonte: Biologia Teísta

Os 10 mandamentos católico-romanos e os 10 Mandamentos bíblico-cristãos!

Caminhado hoje por uma rua da cidade em que moro, percebi esse muro (foto acima) onde estão escritos os “Mandamentos da Lei de Deus”, em frente a uma Igreja Católica. Bom, será que esses mandamentos correspondem mesmo ao que está na Bíblia? Inclusive, na própria Bíblia Católica Ave Maria? Confira você mesmo(a), em Êxodo 20 (link abaixo) ou na sua própria Bíblia.

Tem coisa errada aí, meu amigo e amiga. Não foi isso que Deus ordenou. Isso está só no Catecismo (livro escrito segundo a tradição católica). Mudaram a verdadeira Lei de Deus, excluindo o mandamento que ordena não adorar imagens (versículos 4-6), fazendo o décimo se tornar dois mandamentos para voltar a conter dez mandamentos; trocaram o quarto mandamento, que ordena guardar o sétimo dia da semana, o sábado, pelo domingo (versículos 8-11). Ou seja, adulteraram a Lei do SENHOR, conforme profetizado (Daniel 7:25).

Publiquei isso não para afrontar você e sua religião (caso seja católico), mas para que haja uma oportunidade de reflexão sobre isso. A Lei de Deus é importante? Sem dúvidas. Porém, saber a Sua verdadeira Lei eterna e imutável é também de suma importância. Lembre-se: Para Deus, guardar nove mandamentos e deixar de guardar um é o mesmo que se não tivesse guardado nenhum (Tiago 2:10).


Tanto no “Velho” como no “Novo” Testamentos da Bíblia a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, continuam sendo os mesmos, pois foram escritos pelo próprio dedo de Deus, e Deus não muda.


Com qual ficaremos? Com o Catecismo ou com a Bíblia? Eu já tomei a minha decisão há cinco anos. Fiquei com a Bíblia, a minha única regra de fé e prática, conforme a Bíblia mesma nos orienta.


Que o Espírito Santo de Deus possa lhe auxiliar nesta reflexão e decisão! A paz de Jesus!

O novo nascimento e a predestinação (parte II)

(…continuação:)

Ter conhecimento sobre a Bíblia também não é suficiente para que se tenha a certeza de que houve o novo nascimento. O texto de João citado mais acima (Jo 3:5,6) foi dito por Jesus em sua conversa com Nicodemos, “uma autoridade entre os judeus”, um “mestre em Israel” (Jo 3:1,10, NVI), mas que não havia nascido “de Deus” ainda, mesmo já sendo “velho” (:4)!

Por outro lado, nascer espiritualmente não é sinônimo de perfeição de conduta e caráter. O Senhor Jesus admitiu que os banhados pelas águas batismais, precisavam lavar ao menos os pés, posteriormente, para continuarem limpos: “Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo” (Jo 13:10). Ou seja, assim como alguém toma banho e em seguida suja os pés com a poeira da estrada, o filho de Deus, mesmo tendo “nascido do Espírito”, certamente ainda vai cometer pecados, sujar-se!

Parece que a única evidência segura do novo nascimento é a constância, a perseverança! “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24:13). “A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com perseverança” (Lc 8:15). “É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma” (Lc 21:19). “Se perseveramos, também com ele reinaremos” (II Tm 2:12). “Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes” (Tg 1:4). Perseverar, portanto, tem mais a ver com crescimento do que com permanência simplesmente.

Uma vez que o conceito bíblico do batismo do Espírito Santo, do novo nascimento ou do nascimento “de Deus”, do revestir-se de Cristo foi bem entendido, podemos explorar águas mais profundas!

“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (I Jo 5:4).

O profeta João, o que mais escreveu sobre o tema do novo nascimento, trabalha uma ideia muito forte. Os filhos de Deus vencem o mal. Os que nasceram de Deus de fato, não perdem a guerra! No final, na volta de Jesus, só os que “O receberam”, Nele creram e escolheram ser filhos de Deus é que triunfarão. Ninguém mais.

Até aqui tudo bem, não é mesmo? No entanto, atente para algo que não é um simples detalhe. A ideia bíblica aqui talvez seja uma vez filho de Deus, filho de Deus para sempre, ou uma vez salvo, salvo para sempre! Escrevo “talvez” porque diante da Palavra de Deus precisamos Dele para entendê-la como ela é, senão incorreremos no perigoso erro de colocar chifres na cabeça de cavalo, sendo que isso no contexto teológico, de verdade ou mentira, de vida ou morte, o que é algo muito sério. (Outro erro fatal é não querer enxergar os “chifres” quando eles realmente existem!). Só o Senhor Espírito pode nos impedir de trilhar por esses becos sem saída e só a comunhão com Ele para oportunizar o tempo que Deus precisa para nos reeducar para o Céu.

“Todo o que nasce de Deus vence o mundo”. Vamos analisar outros textos.

“Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhase as conduz para fora. Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz; mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos. (…) Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. (…) Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor. (…) Rodearam-no, pois, os judeus e o interpelaram: Até quando nos deixarás a mente em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-o francamente. Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito. Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um” (João 10:2-5, 8, 16, 24-30).

“Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus. (…) Se alguém vir a seu irmão cometer pecado não para morte, pedirá, e Deus lhe dará vida, aos que não pecam para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que rogue. Toda injustiça é pecado, e há pecado não para morte. Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus [Jesus, a vida eterna!] o guarda, e o Maligno não lhe toca. Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno” (I Jo 5:11-13, 16-19).

Embora eu discorde da visão calvinista da salvação, por não encontrar fundamento bíblico, reconheço a veracidade bíblica da afirmação uma vez filho de Deus, sempre filho de Deus! As ênfases colocadas nos textos acima trazem a ideia de que, um ser humano que não vai para o Céu, um perdido, não é alguém que se entregou a Deus, escolheu ser batizado, nasceu de Deus, foi revestido de Cristo, viveu no Espírito, mas tropeçou, abandonou sua decisão de outrora e se entregou ao pecado. Essa possibilidade parece ser descartada pelas Escrituras, pois, diminui o poder que Deus tem para redimir o pecador, mesmo este podendo escolher seu próprio destino final! É como se o pecador que receberá o veredito de morte eterna, “lago de fogo” (Ap 20:14,15), nunca tivesse sido filho de Deus, pois os filhos de Deus vencem (cf. I Jo 5:4), não perdem!


Perceba que eu não estou apresentando o ensinamento uma vez salvo, salvo para sempre como resultado da escolha de Deus, mas como resultado da escolha do pecador! Eu explico: Deus predestinou a TODOS, sem exceção, para o Céu (cf. Ef 1:4, I Tm 2:4,6 e II Pe 3:9). Como? “Pela graça” (Ef 2:8), pelo exercício de Sua vontade; não por algum merecimento do pecador. Também não por escolha do ser humano, já que tal “graça” é anterior à existência da humanidade (cf. I Pe 1:18-20, Ap 13:8 e Ef 1:4)! Ou seja, a solução do pecado é anterior ao pecado. Antes de Eva pecar, Deus já havia resolvido o problema dela! Obviamente, mais tarde quando ela pecou, ela precisou escolher entre a solução divina e o permanecer com o problema fatal. A salvação, portanto, deve possuir dois momentos na História – “antes da fundação do mundo” (escolha de Deus) e durante a vida do pecador (por escolha deste)! Hendrickson Rogers


Esta pesquisa está em construção. Estude a primeira parte dela AQUI.